Karin Sato
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou, nesta terça-feira (13), que o governo estuda adotar medidas para que as empresas que tomarem financiamentos com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) mantenham seus funcionários. As que não cumprirem essa exigência podem ser vetadas em novos empréstimos.
Ao comentar os dados divulgados nesta terça-feira (13) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que apontou redução de 0,6% no nível de emprego na indústria em novembro último, na comparação com outubro, o ministro ressaltou a importância das empresas darem garantias de contrapartidas, ao utilizarem recursos públicos para investimentos, segundo a Agência Brasil.
"Não dá para o governo brasileiro investir bilhões, colocar dinheiro público para ajudar as empresas a saírem de dificuldades e elas continuarem demitindo. Ou essas empresas assumem o compromisso de não demitir ou o governo terá que refazer as linhas de financiamento", disse Lupi.
Culpa não seria do trabalhador
O ministro cobrou das empresas que, neste período de crise, não "culpem" o trabalhador por uma responsabilidade que não é deles. "Na hora da bonança, em que os lucros eram grandiosos, os empresários não chamaram os trabalhadores para dividir os ganhos. E na hora em que a economia enfrenta uma crise, a primeira coisa que alguns deles fazem, de uma maneira completamente insensível e irracional, é demitir".
Medidas para combater a crise
O ministro disse que, ainda nesta terça-feira, deve se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o intuito de discutir a adoção de novas medidas para reduzir os efeitos da crise no mercado de trabalho. "Temos várias sugestões, como a extinção de horas-extras e adoção de medidas sociais. Já montamos um conselho que vai acompanhar todos os investimentos do FGTS e do FAT", afirmou o ministro.
Segundo ele, é preciso ter "muita tranquilidade para que qualquer ação governamental vise incentivar e garantir os empregos e o crescimento da economia".
Perspectiva otimista para março
A queda do número de empregos já era esperada pelo governo desde outubro. E a expectativa é de que a redução dos postos de trabalho continue em janeiro e fevereiro, porém volte a crescer em março.
"Teremos janeiro e fevereiro fracos em relação ao emprego e março voltando a apresentar melhoras", disse, ao enfatizar que as medidas anunciadas pelo governo para enfrentar a crise devem surtir efeito a partir de março. "As várias decisões que o governo tomou no sentido de diminuir o impacto dessa falta de crédito, com a retirada de alguns impostos e os incentivos fiscais para alguns setores, começarão a repercutir em março. Até porque janeiro e fevereiro não são meses de grandes lançamentos da construção civil e é período de férias", argumentou.
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