Em reunião na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), realizada na segunda-feira (20), diversas críticas foram tecidas a respeito da atual proposta de reforma tributária que tramita no Congresso Nacional. As maiores preocupações manifestadas no encontro foram relacionadas à recriação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) e à manutenção de impostos incorporados aos preços de produtos.
Críticas
No encontro, o diretor da CFN (Confederação Nacional das Instituições Financeiras), Gabriel Jorge Ferreira, falou sobre a CSS (Contribuição Social para a Saúde), prevista na proposta de reforma para substituir a CPMF: "este é um imposto regressivo, especialmente perverso porque incide sobre o uso do dinheiro". A Fiesp é uma das entidades que lidera uma campanha contra a aprovação do imposto.
Ferreira, ex-presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), lamentou ainda que o texto em análise no Congresso não proponha o fim dos "impostos que correm por fora" - que já vêm incorporados aos preços dos produtos -, nem contemple a criação de um código de defesa do contribuinte, similar ao do consumidor.
Outro ponto negativo, na opinião de Ferreira, é a idéia de criar um imposto especial sobre grandes fortunas. Além de representar uma tributação dupla, pois passaria a incidir sobre patrimônios já tributados por ocasião de sua formação, esse tipo de imposto desestimula investimentos, motiva a fuga de capitais e representa um "desrespeito ao conceito de livre-iniciativa".
Para Ferreira, mesmo que a proposta de reforma tributária seja aprovada, o Brasil ainda ficará longe do modelo de legislação tributária simples, transparente e desburocratizada que ajudaria a fomentar o desenvolvimento econômico do país e a competitividade das empresas.
Reforma tributária
Ainda nesta semana deve ser apresentado parecer sobre a proposta de reforma tributária. Dentre as alterações no atual sistema de impostos do País estão a desoneração da folha de pagamento, a punição para estados que insistirem na guerra fiscal, a implementação da figura do "poluidor-pagador" (punição para quem comete crimes ambientais), dentre outras.
O relator da Comissão Especial de Reforma Tributária, deputado Sandro Mabel (PR-GO), ressaltou, dentre outros aspectos, o do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). O texto da proposta inclui uma transição mais longa e suave das alíquotas deste imposto, com o intuito de evitar perdas dos estados e custos para a União. Enquanto o governo previa transição até 2016, o parecer de Mabel determina que ocorra até 2020.
No que se refere à guerra fiscal, o texto propõe sanções aos entes da federação que descumprirem a legislação após a promulgação da emenda constitucional. As penalidades incluem a suspensão do recebimento de recursos voluntários por parte da União.
Tributação progressiva
Muitas são as reivindicações de alterações adicionais. Uma das principais diz respeito à progressividade da tributação, visando diminuir as desigualdades no Brasil. Trata-se de medidas tributárias para onerar as pessoas com maior poder aquisitivo, elevando a participação dos tributos diretos (renda e patrimônio) e diminuindo a tributação sobre o consumo.
Ação reivindicada em outros países, a tributação progressiva poderia ser, no Brasil, implantada através de medidas como a isenção de encargos sobre os produtos da cesta básica, a elevação de tributos sobre a herança e a ampliação da progressividade perdida do Imposto de Renda da Pessoa Física.
Para acompanhar o mercado em tempo real, você precisa aceitar os cookies.
Valores por TradingView
Como chegar
Para navegar no mapa, você precisa aceitar os cookies.
Usamos cookies para fornecer recursos de mídia social e oferecer uma experiência mais segura durante a navegação no site.
Para saber mais, leia nossa Política de Privacidade e nossos Termos de Uso.
Configurações de Cookies
O Escritório Contábil Brandão se preocupa com a sua privacidade e permite que você escolha os tipos de cookies que podemos usar
quando visita nosso site. Use as configurações abaixo para personalizar suas preferências.
Esteja ciente de que escolher não habilitar certos tipos de cookies pode afetar sua experiência no site e a disponibilidade de alguns serviços.
São cookies essenciais que possibilitam a navegação
em nosso website e o acesso aos recursos.
Os cookies usados para funcionalidade permitem a interação dos usuários com um serviço ou site para acessar recursos
considerados fundamentais. Esses recursos incluem preferências de idioma, otimizações de produto para manter e melhorar
um serviço e a manutenção de informações relacionadas à sessão do usuário
São utilizados anonimamente para efeitos de criação e análise de estatísticas.
Os cookies usados para questões de segurança evitam fraudes, autenticam usuários e os protegem quando eles interagem com um serviço.
São cookies que direcionam anúncios em função dos
seus interesses e limitam a quantidade de vezes que o anúncio aparece.