Uma das propostas é a ampliação do prazo para pagar impostos.
Silvia Pimentel
A Lei de Falências, em vigor há quase três anos e meio, é vista como avançada por especialistas. Parmalat, Bombril e Duratex são exemplos de companhias que enfrentaram dificuldades financeiras e conseguiram se recuperar graças à legislação. Mesmo assim, ela ainda precisa de ajustes e o Poder Legislativo tem papel fundamental nesse processo. Os pontos positivos e negativos da Lei º 11.101 foram discutidos ontem em seminário na Associação Comercial de São Paulo (ACSP) por advogados do escritório Aprobatto Machado.
Na abertura do evento, o presidente da ACSP, Alencar Burti destacou a importância do tema no momento atual. "Temos visto a interferência dos governos, o uso do dinheiro público para preservar a saúde financeira das empresas", disse. "Vejo como válidas todas as iniciativas que possam resultar na preservação dos empregos."
O advogado Luiz Antonio Miretti defendeu a necessidade de aprovação, pelo Congresso Nacional, de programas de parcelamentos de impostos com prazos mais elásticos. "Uma empresa em processo de recuperação precisa de prazo maior além dos 60 meses oferecidos pelo fisco, sem falar nas multas elevadas", disse. Ele também criticou dispositivo que obriga a empresa em crise a obter o Certidão Negativa de Débito (CND) após a apresentação do plano de recuperação. "Se isso fosse cumprido à risca, sua recuperação seria um fracasso", analisou. De acordo com o advogado, felizmente, os juízes reconhecem essa incoerência da lei e rejeitam essa exigência. Já há, inclusive, entendimento firmado neste sentido nos Tribunais de Justiça de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Para o advogado José Marcelo Martins Proença um dos principais avanços da lei foi a inserção de normas de conteúdo econômico e social. Elas permitem, por exemplo, que os credores participem e fiscalizem o processo de recuperação, hoje mais célere. "Antes, os bens arrecadados das empresas em dificuldade eram levados à leilão 15 ou 20 anos depois", comparou.
Quanto à aplicação da lei na recuperação das micros e pequenas empresas, Proença disse que o segmento não tem se beneficiado da legislação. "Ainda é restrito o número de processos envolvendo micros e companhias de pequeno porte", revelou. Elas têm um tratamento diferenciado, com regras "desburocratizantes". Diferentemente do que ocorre nos processos envolvendo grandes corporações, os credores não têm "voz" nele .
Para acompanhar o mercado em tempo real, você precisa aceitar os cookies.
Valores por TradingView
Como chegar
Para navegar no mapa, você precisa aceitar os cookies.
Usamos cookies para fornecer recursos de mídia social e oferecer uma experiência mais segura durante a navegação no site.
Para saber mais, leia nossa Política de Privacidade e nossos Termos de Uso.
Configurações de Cookies
O Escritório Contábil Brandão se preocupa com a sua privacidade e permite que você escolha os tipos de cookies que podemos usar
quando visita nosso site. Use as configurações abaixo para personalizar suas preferências.
Esteja ciente de que escolher não habilitar certos tipos de cookies pode afetar sua experiência no site e a disponibilidade de alguns serviços.
São cookies essenciais que possibilitam a navegação
em nosso website e o acesso aos recursos.
Os cookies usados para funcionalidade permitem a interação dos usuários com um serviço ou site para acessar recursos
considerados fundamentais. Esses recursos incluem preferências de idioma, otimizações de produto para manter e melhorar
um serviço e a manutenção de informações relacionadas à sessão do usuário
São utilizados anonimamente para efeitos de criação e análise de estatísticas.
Os cookies usados para questões de segurança evitam fraudes, autenticam usuários e os protegem quando eles interagem com um serviço.
São cookies que direcionam anúncios em função dos
seus interesses e limitam a quantidade de vezes que o anúncio aparece.