Apesar do esforço do governo Luiz Inácio Lula da Silva em injetar recursos no mercado para que não falte crédito, as empresas não estão conseguindo obter os empréstimos de que precisam para funcionar bem e investir, segundo a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
A entidade fez uma pesquisa com 35 grandes empresas na primeira quinzena de novembro. Para 55% delas, agora está mais difícil o acesso a financiamentos, enquanto 10% afirmaram que está muito mais difícil. Na avaliação de 35%, está igual.
Além de escasso, o crédito ficou mais caro, comparando com as taxas de juros praticadas no início do ano. Para 60% das empresas, o custo dos empréstimos subiu e, para 20%, subiu muito 20% acham que está igual.
Na opinião de Paulo Skaf, presidente da Fiesp, os bancos brasileiros estão "catalisando" a crise econômica internacional ao cobrar juros demasiados e represar o dinheiro.
O exemplo mais gritante, destaca, é o dos ACCs (Adiantamentos sobre Contrato de Câmbio). De acordo com o levantamento da federação, na semana de 29 de outubro a 4 de novembro os juros cobrados pelos grandes bancos do país iam de 6,3% ao ano (além da variação cambial), no caso do Bradesco, aos 21,6% ao ano do Itaú.
Esse tipo de financiamento é tomado pelas companhias exportadoras. Elas pegam os recursos com o banco e depois pagam com o dinheiro das suas vendas no exterior.
A média das tarifas nas linhas de capital de giro, no mesmo período, ia de 35,4% no Unibanco a 50,2% no Banco do Brasil. Este, aliás, deveria praticar juros menores por ser uma instituição pública e ter função de fomento da economia nacional, segundo Skaf.
"É inexplicável a diferença de taxas entre bancos que têm o mesmo custo de captação. O setor financeiro está brincando com coisa séria", afirmou o presidente da Fiesp.
Skaf disse que durante o almoço, ontem, reclamou com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, a respeito. "Falei que alguma coisa precisa ser feita, independentemente da Selic [a taxa básica de juros da economia], e o Meirelles ficou de estudar o assunto."
Em palestra a jovens empresários na sede da federação, pela manhã, o presidente do BC afirmou que o nível geral do crédito no Brasil ainda não voltou aos níveis anteriores à crise, mas apontou que o ritmo de encolhimento do mercado diminuiu consideravelmente. "Haverá uma recuperação gradual", afirmou, acrescentando que a indústria automobilística, por exemplo, já aumentou a oferta de financiamentos "nos últimos dois ou três dias" pelos bancos de montadoras.
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